quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Meus contos, muitas histórias...

Continuando com o intuito ao qual foi criado o blog; voltarei a postar alguns contos, histórias, textos; como já foi dito, meu compromisso é com minha história e meus personagens ; fictícios ou não, acho que nunca saberemos de fato a verdade.....
RAZÃO X EMOÇÃO
....Sentada à beira de uma calçada, em uma grande metrópole brasileira, ela não sabe o que fazer, não sabe para onde ir e não sabe o que pensar. Tomada pelo álcool e drogas, ela não consegue raciocinar, seus pensamentos são evasivos; as pessoas que por ela passam a olham e assustam-se com aquela figura jogada à própria sorte. É noite; mas nossa personagem - que chamaremos Tamyres - não sente frio, nem fome, ela se encontra completamente absorvida.
Mas Tamyres nem sempre foi essa criatura desprezível, vinda do interior de Minas Gerais, ela tinha uma família numerosa e de gente
"criada" conforme os tradicionais costumes mineiros, teve uma infância e adolescência exemplares. "Não se conhece um livro pela capa, nem o homem pela sua profissão",diz o dito popular; talvez por isso não devemos fazer julgamentos quanto à moral de nossa heroína. Por uma força maior que não se sabe de onde veio, ela escolheu a profissão mais antiga da humanidade, vivia e frequentava os melhores ambientes, roupas e jóias eram seus deleites, bebidas e comidas sempre servidas em belas porcelanas; isso tudo financiado por altos figurões da sociedade, políticos em início de carreira, comerciantes fartos de suas esposas, jovens a procura da primeira sensação de prazer. Ela não conhecia o fracasso e por isso vivia a vida de forma desregrada, ajudava as colegas "de trabalho" que não tinham tanta sorte, dando-lhes dinheiro e clientes que ela dispensava ao seu "bel-prazer". Porém; ela não conhecia o verdadeiro amor; mas quando conheceu aquele homem, ela viu-se completamente apaixonada, foi capaz de tudo por ele, aceitou com resignação suas traições, financiou seus luxos em caros restaurantes, suas roupas de griffe, seu carro do ano, esqueceu-se de si mesma e com isso começou sua derrocada, deixou-se levar pelas generosas doses de conhaque, passou a fazer uso de drogas pesadas, perdeu seus clientes e não tendo mais como financiar o seu grande amor, acabou por perdê-lo. A história de nossa heroína termina como se fosse um primeiro de Abril......
Continuando a falar sobre a grande Edith Piaf...

Entre 1936 e 1937, Piaf se apresentou no Bobino, um music hall no bairro Montparnasse. Em março de 1937, ela estréia no music hall ABC, onde ela se torna imediatamente uma imensa vedete da canção francesa, amada pelo público e difundida pela rádio. Em 1940,estréia no teatro em uma peça de Jean Cocteau Le Bel Indifférent, escrita especialmente para ela, e que a fez contracenar com seu então companheiro, o ator Paul Meurisse. Ao lado de Paul, ela estréia em um filme em 1941, Montmartre-sur-Seine de Georges Lacombe.

Durante a ocupação alemã na França, Piaf continua seus shows. Muitos a consideraram uma traidora, mas seguindo a guerra, ela declarou que trabalhou a favor da resistência francesa. Na primavera de 1944, Piaf conhece o jovem cantor Yves Montand e passa a ser sua mentora e amante.

Em 1945, Piaf escreveu uma de suas primeiras canções: "La Vie en rose", a canção mais célebre dela e seu grande clássico. Em 1946, Montand estréia no cinema ao lado de Piaf em Étoile sans lumière. Neste ano também o romance terminaria para os dois. Piaf acaba desfazendo o relacionamento quando ele está perto de alcançar o mesmo sucesso dela.


Em 1947, ela faz seus primeiros shows nos Estados Unidos. Em 1948,durante sua volta aos Estados Unidos, ela conhece o grande amor de sua vida, o pugilista Marcel Cerdan. Marcel de nacionalidade francesa, mas nascido na Algéria, era casado na época e iniciou um tórrido romance com Édith Piaf. Pouco tempo depois dos dois se conhecerem, Marcel tornou-se campeão mundial de boxe. Em 28 de Outubro de 1949, Marcel morreu em acidente de avião em um vôo de Paris para Nova Iorque, onde a iria reencontrar. Arrasada pelo sofrimento e também pelo sofrimento de poliartrite aguda, Édith Piaf começa a se aplicar fortes doses de morfina. Seu grande sucesso "Hymne à l'amour" e "Mon Dieu", foram cantados por Édith em sua memória.

Em 1951,, o jovem cantor Charles Aznavour,converte-se em seu secretário, assistente, chofer e confidente. Ela ajudou a decolar sua carreira, levando-o em turnê pelos EUA e pela França e gravando algumas de suas músicas. Em setembro de 1952, casa-se com o célebre cantor francês Ja, do qual se divorcia em 1956.

Começa uma história de amor com Georges Moustaki ("Jo"), que Édith lança para a música. Ao seu lado sofreu um grave acidente automobilístico no ano de 1958, e piora seu já deteriorado estado de saúde e sua dependência em morfina. Edith grava novo sucesso, a canção "Millord", da qual Moustaki é o autor.

Em 1962,Piaf casa-se com Théo Sarapo (Theophanis Lamboukas), um cabeleireiro grego que se tornou posteriormente cantor e ator, 20 anos mais novo do que ela.


Edith Piaf morreu em 10 de Outubro de 1963, à Plascassier(na localidade de Grasse nos Alpes-marítimos) aos 47 anos, com a saúde abalada pelos excessos, pela morfina e todo o sofrimento de uma vida. Ela alugara uma mansão de 25 cômodos perto da praia, onde passou dois meses de descanso com amigos e com o marido. Segundo seu acordeonista, Marc Bonel, foi um período de muitos gastos: almoços e jantares para 30 ou 40 pessoas todos os dias, regados a champagne e a uísque.

Piaf, por medida de economia, transferiu-se para uma herdade em Plascassier, apenas com a enfermeira, o acordeonista e a secretária, o empresário e o marido, que a essa altura, trabalhava num filme em Paris para "assegurar o dinheiro do casal", como dizia a própria Piaf.

Morreu em consequência de uma hemorragia interna, em coma. Como disse certa vez um documentário, "sem um grito, sem uma palavra..." O transporte de seu corpo a Paris foi feito clandestina e ilegalmente e seu falecimento foi anunciado oficialmente em 11 de outubro em Paris. Édith faleceu no mesmo dia que seu amigoJean Cocteau. Édith foi enterrada no cemitério do Père-Lachaise.
Termino aqui um pouco do que sei a respeito dessa grande voz, grande mulher, grande figura, que será imortalizada por todos aqueles que assim como eu; respeitam e amam a música francesa e seu principal símbolo: Edith Piaf.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010


A carreira artística de Edith Piaf tomou "asas" graças `Louis Leplée, dono do cabaré Le Gerny's, situado na Champs Élysées; cantando na rua, acompanhada de sua eterna amiga: Simone; Edith foi procurada pelo empres´rio que lhe deu seu cartão de visitas e pediu que ela o procurasse; na verdade Louis havia ficado encantado por aquela voz; ao procurá-lo, Edith prontamente aceitou o convite do empresário para se apresentar em sua casa de shows, isso foi em 1935. Edith Piaf tinha baixa estatura - media 1m.42cm.- diante da grande timidez da cantora, Louis propôs que ela devria aprender como se portar no palco, sugeriu que ela usasse um vestido preto; o traje que ficou marcado por tua sua vida artística, Louis a batizou de "La Môme Piaf", expressão que significa pequeno pardal; foi nas apresentações do Le Gerny"s que Edith conheceu importantes figuras do meio artístico, tais como: Maurice Chevalier (ator), Marguerite Monnot (compositora que acompanhou Edith até o fim de sua carreira) e Raymond Asso (compositor de grande prestígio) . No ano seguinte (1936), Piaf assina contrato com a Polydor e lança seu primeiro disco "Les Mômes de la Cloche", que se torna sucesso imediato. Mas no dia 06 de Abril desse mesmo ano, Leplée é assassinado em seu domicílio. Piaf é interrogada e acusada de cúmplice, mas acabou sendo absolvida mais tarde. Ele foi morto por bandidos que tiveram, num passado não muito distante, laços com Piaf, o que gerou uma atenção negativa sobre ela por parte da mídia, ameaçando, assim, sua carreira. Para reerguer sua imagem, ela retoma contato com Raymond Asso, com quem, mais tarde, ela também viria a se envolver romanticamente. Raymond passou a ser seu novo mentor e foi ele quem mudou o nome artístico dela de "La Môme Piaf" para "Édith Piaf" e encomendou a Marguerite Monnot canções que tratassem unicamente do passado de Piaf nas ruas. A partir deste reencontro, Raymond começou a fazer Piaf trabalhar arduamente para se tornar uma cantora profissional do Music Hall. (continua....)